Monitoramento do ambiente na pequena empresa: um estudo de caso sobre o processo em uma empresa do setor imobiliário

Autores

  • Mariana Bassi Sutter FEA USP
  • Letícia Foerster FEA USP
  • Patrícia Viveiros de Castro Krakauer FEA USP FAAP
  • Edison Fernandes Polo FEA USP
  • Martinho Isnard Ribeiro de Almeida FEA USP

DOI:

https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2013.v5i2.143

Palavras-chave:

Strategic planning. Small and middle market business, Environmental monitoring.

Resumo

Observa-se na literatura uma lacuna ao que se refere aos estudos relacionados a planejamento estratégico em pequenas empresas, especificamente relacionados ao monitoramento ambiental. Em função de tal incipiência, a presente investigação buscou compreender como uma pequena empresa do setor imobiliário monitora o ambiente em que opera. Para desenvolver o estudo, optou-se pela abordagem qualitativa de natureza descritiva, com base no método do estudo de caso único. A base conceitual utilizada para a estruturação da pesquisa de campo considerou um levantamento de dados secundários sobre o planejamento estratégico, análise ambiental no planejamento estratégico, conceituação de PME´s e o monitoramento do ambiente em pequenas empresas. O estudo permitiu inferir que, apesar de os entrevistados afirmarem que realizam o monitoramento do ambiente de forma constante, o processo conforme descrito na literatura não é formal e sistemático na empresa pesquisada. Observaram-se esforços dos sócios nesse sentido, porém tais atividades ainda estão restritas aos proprietários. O estudo de caso indicou as principais características do processo de monitoramento de uma pequena empresa no ramo da construção, atendendo ao objetivo proposto. Assim, o estudo contribui ao ampliar a estruturação do conhecimento sobre o monitoramento ambiental em pequenas empresas, enriquecendo a temática ainda pouco desenvolvida. No âmbito empresarial, o estudo colabora apontando fatores que poderiam ser melhor desenvolvidos pelos gestores da empresa em estudo, podendo servir de exemplo para outras empresas de pequeno porte que estejam em fase inicial do desenvolvimento de seu sistema de monitoramento ambiental.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariana Bassi Sutter, FEA USP

sui graduação em Administração de Empresas pela Fundação Armando Álvares Penteado (2003) e pós-graduação em negócios da moda pelo Senac (2008). Mestra em Administração de Empresas pela FEA-USP. Atualmente é doutoranda e pesquisadora da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Administração e Moda com ênfase em Gestão Estratégica, atuando em todas as áreas da cadeia produtiva têxtil e do vestuário. Os temas principais de estudo são: administração estratégica, vantagem competitiva, imagem do país de origem, cultura brasileira e moda.

Referências

Aaker, D. A. (1983). Organizing a strategic information scanning system. California Management Review, 25(2), 76-83.

Aaker, D. A. (2001). Administração estratégica de mercado (5a ed.). Porto Alegre: Bookman.

Ackoff, R. L. (1974, December). The systems revolution. Long Range Planning, 7(6), 2-20.

Almeida, M. I. R. (2003). Manual de planejamento estratégico (2a ed.). São Paulo: Atlas.

Almeida, M. I. R. (2010). Manual de planejamento estratégico (2a ed.). São Paulo: Atlas.

Almeida, M. I. R. & Menezes, E. J. C. (1997). Será possível as pequenas e médias empresas crescerem sem informações do ambiente? Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, 21, Rio das Pedras, RJ, Brasil.

Barney, J. B. & Hesterly, W. S. (2007). Administração estratégica e vantagem competitiva. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. (2011). Normas reguladoras do Produto BNDES automático. Circular no. 34, de 06 de setembro de 2011. Recuperado em 12 de dezembro de 2013, de <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/produtos/download/Circ034_11.pdf>.

Calori, R. (1989). Designing a business scanning system. Long Range Planning, 22(1), 69-82.

Cancellier, E. L. P., Almeida, M. I. R. de & Estrada, R. J. S. (2005). Monitoramento do ambiente externo na pequena empresa: aplicações e limitações dos sistemas existentes. Anais do Encontro de Estudos em Estratégia – 3Es, 2, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Cancellier, E. L. P., Alberton, A. & Barbosa, A. (2011, abril-junho). Diferenças na atividade de monitoramento de informações do ambiente externo em pequenas e medias empresas: a influência do porte e da idade. Perspectivas em Ciência da Informação, 16(2), 168-186.

Chér, R. (1991). A gerência das pequenas e médias empresas: o que saber para administrá-las. São Paulo: Maltese.

Choo, C. W. (1999, February-March). The art of scanning the environment. Bulletin of the American Society for Information Science, 25(3), 21-24.

Choo, C. W. (2001, October). Environmental scanning as information seeking and organizational learning. Information Research, 7(1), páginas.

Drucker, P. (1974). Management tasks, responsibilities, practices. United States: Harper Collins.

Eisenhardt, K. M. (1989). Building theories from case study research. Academy of Management Review, 14(4), 532-550.

Fischmann, A. A.; Almeida, M. I. R. (2011). Planejamento estratégico na prática (2a ed.). São Paulo: Atlas.

Ghoshal, S. (1988). Environmental scanning in Korean firms: organizational isomorphism in action. Journal of International Business Studies, 19(1), 69-86.

Gonçalves, A.; Koprowski, S. O. (1995). Pequena empresa no Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado/ Editora da Universidade de São Paulo.

Huang, X. (2009). Strategic decision making in Chinese SMEs. Chinese Management Studies, 3(2), 87-101.

IBGE, 2010.

Krakauer, P. V. de C. & Almeida, M. I. R. (2012, janeiro-março). Utilização da internet nas atividades de monitoramento ambiental em empresas de pequeno e médio porte. Revista de Administração e Inovação, 9(1), 15-30.

Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006 (2006). Retirado em 10 de Janeiro de 2014, de http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htmLeone, N. M. C. P. G (1991, abril-junho). A dimensão física das pequenas e médias empresas: a procura de um critério homogeneizador. Revista de Administração de Empresas, 31(2), 53-59.

Leone, N. M. C. P. G (1999, abril-junho). As especificidades das pequenas e médias empresas. Revista de Administração, 34(2), 91-94.

Madi, M. A. C. & Gonçalves, J. R. B. (2012). Produtividade, financiamento e trabalho: aspectos da dinâmica das micro e pequenas empresas (MPEs). In A. L. Santos, J. D. Krein & A. B. Calixtre (Orgs.), Micro e pequenas empresas mercado – mercado de trabalho e implicação para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Ipea.

Mattos, P. L. C. L. (2005). A entrevista não-estruturada como forma de conversação: razões e sugestões para sua análise. Revista de Administração Contemporânea, 39(4), 823-847.

Najmaei, A.; Sadeghinejad, Z. (2009). How does knowledge management matter in enterprise strategic flexibility? Multiple case study approach based on SMEs in Malaysia. IBIMA Business Review, 1(4), 32-54.

Pearce II, J. A.; Chapman, B. L.; David, F. R. (1982). Environmental scanning for small and growing firms. Journal of Small Business Management, 20(3), 27-34.

Portal Brasil. (2012) Recuperado em 10 de Janeiro de 2014, de http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2012/02/o-mapa-das-micro-e-pequenas-empresas

Raymond, L.; Julien, P-A.; Ramangalaby, C. (2001). Technological scanning by small Canadian manufactures. Journal of Small Business Management, 39, (2), 123-138.

Sandberg, W. R., Robinson, R. B. & Pearce II, J. A. (2001, October-December). Why small businesses need a strategic plan. Business and Economic Review, 48(1), 12-15.

Savioz, P. & Blum, M. (2002). Strategic forecast tool for SMEs: how the opportunity landscape interacts with business strategy to anticipate technological trends. Technovation, 22(2), 91–100.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae. (2008). 10 Anos de monitoramento da sobrevivência e mortalidade de empresas. São Paulo: Sebrae.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae. (2011). Taxa de sobrevivência das empresas no Brasil. Recuperado em: 16 de maio de 2013, de <http://bis.sebrae.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/45465B1C66A6772D832579300051816C/$File/NT00046582.pdf>.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae. (2012). Anuário do trabalho na micro e pequena empresa. Recuperado em: 16 de maio de 2013, de <http://bis.sebrae.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/8cb2d324ffde890ece700a5fb073c4da/$File/4246.pdf>.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae. (2013). Critérios e conceitos para classificação de empresas. Recuperado em: 19 de maio de 2013, de <http://www.sebrae.com.br/uf/goias/indicadores-das-mpe/classificacao-empresarial>.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae. (2013). Indicadores Sebrae-SP, Pesquisa de conjuntura. Recuperado em: 19 de maio de 2013, de <http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/EstudosPesquisas/indicadores/indicadores_abr_13.pdf>.

Smeltzer, L. R., Fann, G. L. & Nikolaisen, V. N. (1988, July). Environmental scanning practices in small business. Journal of Small Business Management, 26(3), 55-62.

Solomon, S. (1986). A grande importância da pequena empresa: a pequena empresa nos Estados Unidos no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Editorial Nórdica.

Steiner, G. (1979). Strategic planning: what every manager must know. New York: Free Press.

Xavier, W. G.; Cancellier, E. L. P. (2008, julho-dezembro). Atividades de monitoramento em empresas de startup de base tecnológica na indústria do turismo. Análise, 19(2), 107-119.

Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e método (3a ed). Porto Alegre: Bookman.

Publicado

2013-12-11

Como Citar

Sutter, M. B., Foerster, L., Krakauer, P. V. de C., Polo, E. F., & Almeida, M. I. R. de. (2013). Monitoramento do ambiente na pequena empresa: um estudo de caso sobre o processo em uma empresa do setor imobiliário. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies [FSRJ], 5(2), 187–220. https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2013.v5i2.143

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.