Qualidade da Informação Contábil das Entidades do Terceiro Setor Brasileiras

Autores

  • Fernando Maciel Ramos Universidade do Contestado http://orcid.org/0000-0002-4222-1253
  • Roberto Carlos Klann Fundação Universidade de Blumenau - FURB

DOI:

https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2015.v7i1.177

Palavras-chave:

Qualidade da Informação Contábil. Terceiro Setor. Organizações sem Fins Lucrativos

Resumo

Este estudo teve por objetivo analisar a qualidade da informação contábil das organizações sem fins lucrativos brasileiras. Quanto ao objetivo a pesquisa caracteriza-se como descritiva, quanto à estratégia de pesquisa é documental e de abordagem quantitativa. Para mensurar a qualidade da informação contábil das entidades analisadas foi elaborado um check-list a partir das normas contábeis que norteiam a prática contábil das entidades do terceiro setor composto por 7 seções e 59 quesitos, os quais permitiram a construção do Índice de Qualidade da Informação Contábil. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva (mínimo, máximo, média, desvio padrão) e os resultados apontaram um baixo nível de qualidade da informação contábil reportada pelas entidades analisadas, principalmente quando comparados a organizações com fins lucrativos. Conclui-se a partir dos achados que as entidades analisadas apresentam um baixo nível de qualidade da informação contábil o que pode comprometer a utilidade da informação reportada pelos usuários dessas entidades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernando Maciel Ramos, Universidade do Contestado

Mestre em Ciências Contábeis pelo PPG em Ciências Contábeis da Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB). Especialista em Contabilidade Gerencial, Controladoria, Auditoria e Perícia Contábil pelo Centro Universitário Internacional de Curitiba (UNINTER). Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade do Sul de Santa Catarina. Atualmente professor designado para função administrativa de Auditor Interno da Universidade do Contestado - UnC e professor nos cursos de graduação em Administração e Ciências Contábeis, atuando também em cursos de Pós-graduação Lato Sensu da área contábil e gestão empresarial. Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração e Ciências Contábeis (GEPACC - UnC). Possui experiência na área de Auditoria Interna e Contábil, Gestão empresarial, Finanças e Docência no Ensino Superior.

Roberto Carlos Klann, Fundação Universidade de Blumenau - FURB

Doutor em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Regional de Blumenau. Atualmente é Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Regional de Blumenau - FURB. Atua também como Professor Titular do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Brusque (Unifebe). Tem experiência na área de Contabilidade e Finanças, atuando principalmente nos seguintes temas: contabilidade internacional e controladoria.

Referências

ARAÚJO, O. C. (2009). Contabilidade para organizações do terceiro setor. São Paulo: Atlas.

ASSIS, M. S.; MELLO, G. R.; SLOMSKI, V. (2006) Transparência nas entidades do terceiro setor: A demonstração do resultado econômico como instrumento de mensuração de desempenho. Anais do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, 6, São Paulo, SP, Brasil.

BASU, S. (2005). Discussion of conditional and unconditional conservatism: concepts and modeling. Review of Accounting Studies, 10 (2/3), 311-321.

BEHN, B.K.; DeVRIES; D.D.; LIN, J. (2010). The determinants of transparency in nonprofit organizations: an exploratory study. Advances in Accounting, Incorporating Advances in International Accounting, 26 (1), 6-12.

BEUREN, I. M. (2004). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas.

CHAGAS, M. J. R.; LUZIVALDA, G. D.; ALVES, K. R. C.; QUEIROZ, D. B. (2010). Evidenciação das subvenções e assistências governamentais recebidas pelas OSCIP’s: uma análise empírica nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Anais do Seminário em Administração - SEMEAD, 8, São Paulo, SP, Brasil.

COLLIS, J.; HUSSEY, R. (2005). Pesquisa em administração (2a ed), Porto Alegre: Bookman.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS - CPC. (2012). Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - CPC 00.

COPPENS, L.; PEEK, E. (2005). An analysis of earnings management by European private firms. Journal of International Accounting Auditing and Taxation, 14 (1), 1-17.

CRUZ, C. O. A. (2010). A relevância da informação contábil para os investidores sociais privados de entidades do terceiro setor no Brasil: uma investigação empírica. 2010. 165 f. Tese de Doutorado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo:SP.

CRUZ, J. A. W.; STADLER, H.; MARTINS T. S.; ROCHA, D. T. (2009). Avaliação de desempenho no terceiro setor: uma abordagem teórica de strategic accounts. REBRAE - Revista Brasileira de Estratégia, 2 (1), 32-26, 2009.

FALCONER, A. P. (1999). A promessa do terceiro setor: um estudo sobre a construção do papel das organizações sem fins lucrativos e do seu campo de gestão. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo: SP.

DANTAS, J.A.; ZENDERSKY, H.C.; SANTOS,S.C.; NIYAMA, J.K. (2005). A dualidade entre os benefícios do disclosure e a relutância das organizações em aumentar o grau de evidenciação. Revista E&G Economia e Gestão, 5 (11), 56-76.

FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD (FASB). (2010). Statements of financial accounting concepts n. 2: qualitative characteristics of accounting information. FASB, 2010, Disponível em: <http://www.fasb.org>. Acesso em: 04 mar. 2014 .

FREITAS, H.; OLIVEIRA, M.; SACCOL, A. Z.; MOSCAROLA, J. (2000). O método de pesquisa survey. Revista de Administração, 35 (3), 105-112.

GOLLO, V.; SCHULZ, S. J., ROSA, F. S. (2013). Evidenciação contábil em entidades brasileiras de terceiro setor: adequação às normas brasileiras de contabilidade. Anais do Encontro Nacional dos Cursos de Graduação em Administração – EnANGRAD, 24, Florianópolis, SC, Brasil.

GREENLEE, J. S.; BROWN, K. L. (1999). The impact of accounting information on contributions to charitable organizations. Nonprofit Management & Leadership, 13, 111-125.

HAYATI, D.; KARAMI, E.; SLEE, B. (2006). Combining qualitative and quantitative methods in the measurement of rural poverty. Social Indicator Research, 75, 361-294.

HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. (1999). Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas.

IATRIDIS, G. E. (2011). Accounting disclosures, accounting quality and conditional and unconditional conservatism. International Review of Financial Analysis, 20 (2), 88¬-102.

IMHOFF JR., E. A. (1992). The relation between perceived accounting quality and economic characteristics of the firm. Journal of Accounting and Public Policy, 11(2), 97-118.

IUDÍCIBUS, S.; LOPES, A. B. (2004). Teoria avançada da contabilidade. São Paulo: Atlas.

JIRAPORN, P.; MILLER, G.; YOON, L. S.; KIM, J. S. (2008). Is earnings management opportunistic or beneficial? International Review of Financial Analysis, 17, 622-634.

KEATING, E. K.; FRUMKIN; P. (2003). Reengineering nonprofit financial accountability: toward a more reliable foundation for regulation. Public Administration Review, 63 (1). 3-15.

LOPES, A. B.; MARTINS, E. (2007). Teoria da contabilidade: uma nova abordagem (2a ed). São Paulo: Atlas.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. (2005). Fundamentos de metodologia científica (6a ed). São Paulo: Atlas.

MARIO, P. C.; PAULA, C. L. S.; ALVES, A. D. F.; JUPETIPE, F. K. N. (2013). Evidenciação das fundações privadas de Belo Horizonte: prestação de contas e qualidade da informação. Pensar Contábil, 15 (56), 29-41.

MARTINS, G. A.; THEÓPHILO, C. R. (2009). Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. São Paulo: Atlas.

MEGLIORINI, E. Amostragem. In: CORRAR, Luiz J.; THEÓPHILO, C. R. (Coords.). (2004). Pesquisa operacional para decisão em Contabilidade e Administração. São Paulo: Atlas.

MOST, K. (1977). Accounting theory. Ohio: Grind, Inc..

OLAK, P. A.; NASCIMENTO, D. T. (2009). Contabilidade para entidades sem fins lucrativos (terceiro setor). São Paulo: Atlas.

SALAMON, L. M.; ANHEIER, H. K. (1996). The emerging nonprofit sector: an overview. Manchester University Press. Manchester.

SILVEIRA, D. (2007). Evidenciação contábil de fundações privadas de educação e pesquisa: uma análise da conformidade das demonstrações contábeis de entidades de Santa Catarina. Dissertação de Mestrado, Centro Sócio Econômico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.

TINKLEMAN, D. (1997). An empirical study of the effect of accounting disclosure upon donation to nonprofit organizations. Dissertation (Doctoral Program in Accounting) - Graduate School of Business Administration, New York University.

TRUSSEL, J. M.; PARSONS, L. M. (2007). Finances reporting factors affecting donations to charitable not-for-profit organizations. Advances in Accounting, 23, 263-285.

VERBRUGGEN, S.; CHRISTIAENS, J.; MILIS, K. (2011). Can Resource Dependence and coercive isomorphism explain nonprofit organizations’ compliance with reporting standards? Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 40 (1), 5-32.

WEISBROD, B. A.; DOMINGUEZ, N. D. (1986). Demand for collective goods in private nonprofit markets: can fundraising expenditures help overcome free rider behavior? Journal of public economics, 30 (1), 83-96.

YETMAN, M. H.; YETMAN, R.J. (2004). The effects of governance on the financial reporting quality of nonprofit organizations (Working Paper). Califórnia, The University of California at Davis.

Publicado

2015-06-06

Como Citar

Maciel Ramos, F., & Klann, R. C. (2015). Qualidade da Informação Contábil das Entidades do Terceiro Setor Brasileiras. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies [FSRJ], 7(1), 32. https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2015.v7i1.177