Novas Abordagens para o Uso das Ferramentas Clássicas de Planejamento de Cenários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2016.v8i1.248

Palavras-chave:

Cenários. Análise estrutural. Análise de impactos cruzados. Redes bayesianas. Análise morfológica.

Resumo

O futuro está para ser construído – é múltiplo e incerto. Dentro das ciências sociais, cenários podem ser definidos como descrição de uma situação futura e de um curso de eventos que permita o movimento de uma posição original para essa situação futura. Atualmente, existe à disposição uma enormidade de métodos e ferramentas para construção de cenários, entre eles métodos de abordagem essencialmente racionalista, como o de Michel Godet. A proposta deste trabalho é utilizar o método hipotético-dedutivo para reduzir, a partir do Método de Cenários de Michel Godet e de suas ferramentas, a complexidade no processo de construção de cenários, mas ao mesmo tempo manter a robustez das conclusões. Para isso, foram propostas duas abordagens: (1) integrar em apenas uma etapa a análise estrutural e a análise de impactos cruzados, a primeira resultando automaticamente do preenchimento da última; (2) utilizar o conceito de redes bayesianas como forma de integrar a matriz de impactos cruzados e a análise morfológica. Ambas as abordagens visam reduzir a quantidade de informações necessárias para alimentar as ferramentas e melhoram o critério de feedback, resultando em maior agilidade no processo e melhor visão holística do sistema. Cientificamente, essas abordagens abrem um novo campo para estudos de planejamento de cenários já que se apropriam do conceito de redes bayesianas, muito utilizado em outras áreas do conhecimento (inteligência artificial, estudos geológicos, diagnósticos médicos, classificação de padrões, etc.) e o trazem para o campo das ciências sociais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Arcade, J., Godet, M., Meunier, F., & Roubelat, F. (1994). Structural analysis with the MICMAC method & actors’ strategy with MACTOR method. In J. C. Glenn, & T. J. Gordon (Orgs.), Futures research methodology. Paris: AC/UNU Millennium Project.

Ben-Gal, I. (2007). Bayesian networks. In F. Ruggeri, R. S. Kennett, & F. W. Faltin (Orgs.), Encyclopaedia of statistics in quality and reliability. UK: John Wiley & Sons.

Charniak, E. (1991). Bayesian networks without tears. AI Magazine, 12(4), 50-63.

Duncan, N. E., & Wack, P. (1994). Scenarios designed to improve decision making. Planning Review, 22(4), 18-46.

Fischer, R. B. (2010). Desenvolvendo o conceito de redes bayesianas na construção de cenários prospectivos. Dissertação de Mestrado, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Godet, M. (1993). From anticipation to action: a handbook of strategic prospective. Paris: UNESCO.

Godet, M., & Roubelat, F. (1996). Creating the future: the use and misuse of scenarios. Long Range Planning, 29(2), 164-171.

Godet, M., Monti, R., Meunier, F., & Roubelat, F. (1999). A caixa de ferramentas da prospectiva estratégica. Lisboa: CEPES.

Gordon, T. J. (1994). Cross impact method. In J. C. Glenn, & T. J. Gordon (Orgs.), Futures research methodology. Paris: AC/UNU Millennium Project.

Heijden, K. (2004). Planejamento de cenários: a arte da conversação estratégica. Porto Alegre: Bookman.

Jensen, F. (1996). An introduction to Bayesian networks. London: UCL Press.

Kjærulff, U. B., & Madsen, A. L. (2005). Probabilistic networks: an introduction to Bayesian networks and influence diagrams. Recuperado em 30 de junho, 2009, de http://www.cs.aau.dk/~uk/papers/pgm-book-I-05.pdf

Lacerda, W. S., & Braga, A. P. (2004). Experimento de um classificador de padrões baseado na regra naïve de Bayes. INFOCOMP Journal of Computer Science, 3(1), 30-35.

Lowd, D., & Domingos, P. (2005). Naïve Bayes models for probability estimation. Proceedings of the International Conference on Machine Learning, 22, Bonn, Germany.

Marcial, E. C., & Grumbach, R. S. (2005). Cenários prospectivos: como construir um futuro melhor (3a ed.). Rio de Janeiro: FGV.

Marques, E. (1988). Prospec: modelo de geração de cenários em planejamento estratégico. Recuperado em 11 de abril, 2007, de http://www.bndes.gov.br/conhecimento/livro_ideias/livro-11.pdf

Miles, I. (2005). Scenario planning. In UNIDO Technology foresight manual (vol. 1, pp. 168-193) Vienna: Unido.

Pearl, J. (1988). Probabilistic reasoning in intelligent systems: network of plausible inference. San Francisco, CA: Morgan Kaufmann.

Pearl, J. (1999). Graphs, structural models and causality. In C. Glymour, & G. F. Cooper (Orgs.), Computation, causation and discovery. Cambridge, MA: AAAI/MIT Press.

Pearl, J. (2000). Causality: models, reasoning, and inference. New York, NY: Cambridge University Press.

Perestrelo, M. M. M. C., & Caldas, J. M. C. (1998). Instrumentos de análise para utilização no método dos cenários: I – análise estrutural. Lisboa: Dinâmia.

Rish, I. (2001). An empirical study of the naïve Bayes classifier. Proceedings of the International Joint Conference on Artificial Intelligence, 17, Seattle, USA.

Ritchey, T. (2002). General morphological analysis: a general method for non-quantified modelling. Recuperado em 20 de abril, 2007, de http://www.swemorph.com/pdf/gma.pdf

Ritchey, T. (2005). Futures studies using morphological analysis. Recuperado em 20 de abril, 2007, de http://www.swemorph.com/pdf/futures.pdf

Sandnes, F. E., & Sinnen O. (2004). Stochastic DFS for multiprocessor scheduling of cyclic taskgraphs. Proceedings of the International Conference on Parallel and Distributed Computing: Applications and Technologies, 5, Singapore.

Schnaars, S. P. (1987). How to develop and use scenarios. Long Range Planning, 20(1), 105-114.

Schwartz, P. (2000). A arte da visão de longo prazo: planejando o futuro em um mundo de incertezas (4a ed.). São Paulo: Best Seller.

Wack, P. (1985a, September-October). Scenarios: uncharted waters ahead. Harvard Business Review, 63(5), 72-89.

Wack, P. (1985b, November-December). Scenarios: shooting the rapids. Harvard Business Review, 64(6), 139-150.

Publicado

2016-04-14

Como Citar

Fischer, R. B. (2016). Novas Abordagens para o Uso das Ferramentas Clássicas de Planejamento de Cenários. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies [FSRJ], 8(1), 141–174. https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2016.v8i1.248