Dimensões Empresariais e Institucionais da Internacionalização Acelerada

Authors

  • João Henrique Zancanaro Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai - Faculdades IDEAU
  • Priscila Rezende da Costa Universidade Nove de Julho - UNINOVE
  • Franklin Menezes da Silva Universidade Nove de Julho - UNINOVE https://orcid.org/0000-0001-7824-9015

DOI:

https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2021.v13i1.437

Keywords:

Internacionalização Acelerada, Empresa de Base Tecnológica, Born Global, Inovação, Parque Tecnológico

Abstract

Objetivo:  O objetivo foi analisar o alinhamento entre as dimensões empresariais e institucionais da internacionalização acelerada e a elaboração de um framework propositivo sobre a internacionalização acelerada.

Método: A pesquisa tem natureza qualitativa e abordagem descritiva, realizada a partir de estudo de caso, cuja unidade de análise foi a Empresa de Base Tecnológica (EBT) Nanovetores, no contexto do Sapiens Parque de Florianópolis.

Originalidade/Relevância: O estudo revelou os dezoito pontos principais e as 04 dimensões para a internacionalização acelerada de uma EBT, levando em consideração, um habitat de inovação.

Resultados: Os resultados da pesquisa evidenciaram que o processo de internacionalização da EBT analisada segue o modelo born global, destacando-se as seguintes particularidades: internacionalização acelerada em 2013, ou seja, cinco anos após a sua fundação, ocorrida em 2008; maior inovatividade nos processos; especialização do produto; vantagem tecnológica obtida pela instalação em um parque tecnológico; uso mais ativo de tecnologia da informação nos processos decisórios; uso de parcerias para inovar e importância de networks.

Contribuições teóricas/metodológicas: Sobre a principal contribuição, destaca-se a proposição de um framework sobre a internacionalização acelerada de EBTs, que compreende quatro dimensões (determinantes, antecedentes, indutora e facilitadora) envolvendo o âmbito interno da firma e o habitat de inovação, no qual a EBT está instalada.

Contribuições sociais / para a gestão: O framework propositivo serve de parâmetro para que gestores consigam ter um direcionamento sobre os principais pontos de uma internacionalização acelerada de uma EBT.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

João Henrique Zancanaro, Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai - Faculdades IDEAU

Diretor de Relações Institucionais, Coordenador do Curso de Ciências Contábeis e professor do curso de Ciências Contábeis do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai - Faculdades IDEAU, Rio Grande do Sul, (Brasil).

Priscila Rezende da Costa, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Diretora e Professora no Programa de Mestrado e Doutorado em Administração, Universidade Nove de Julho (PPGA-UNINOVE).

Franklin Menezes da Silva, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Doutorando em Administração na Linha de Inovação na Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo, (Brasil).

References

Aaker, D.; Kumar, V., & Day, G. S. (2004) Pesquisa de Marketing. São Paulo: Atlas.

Ahonen, L. & Hämäläinen, T. (2012) Sustaining innovation : collaboration models for a complex world. New York: Springe.

Almeida, H. Perspectivas 2017 -cosméticos: inovação e diversificação de produtos estimulam vendas no país e também no exterior. Disponível em: http://www.quimica.com.br/perspectivas-2017-cosmeticos-inovacao-e-diversificacao-de-produtos-estimulam-vendas-no-pais-e-tambem-no-exterior/2/, Acesso em julho de 2017.

Anese, V.; Andriolli, E. M.; Dill, J. Q.; Guimarães,, J. C. F.; & Severo, E. A. (2016) Trajetória de empreendedorismo da empresa Norgau: caso para ensino. Revista Eletrònica de Administração e Turismo. Jul-dez. vol 9. Número 5.

Autio, E. & Sapienza, H.J. (2000) Comparing process and born global perspectives in the international growth of technology-based new firms. Frontiers of Entrepreneurship Research, Center for Entrepreneurial Studies, Babson College, 413-424.

Baker, T; Gedajlovic, E & Lubatkin, M. (2005) A framework for comparing entrepreneurship processes across nations. J Int Bus Stud 36:492–504

Bardin, L. (2002) Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, Ltda.

Bell, J. (1995) The internationalization of small computer software firms: a further challenge to “stage” theories. European Journal of Marketing, 29/8, 60-75, 1995.

Bloodgood, J., Sapienza, H.J. & Almeida, J.G. (1996) The internationalization of new high-potential U.S. ventures: antecedents and outcomes. Entrepreneurship Theory and Practice, 20/4, 61-76.

Borini, F. M.; Ribeiro, F. C. F.; Coelho, F. P. & Proença, E. R. (2006) O prisma da internacionalização: um estudo de caso. FACES R. Adm. · Belo Horizonte · v. 5 · n. 3 · p. 42-55 · set./dez.

Burgel, O. & Murray, G.C. (1998) The international market entry choices of start-up companies in high-technology industries. Journal of International Marketing, 8/2, 33-62.

Carvalho, S. & Paes, L. R. A. (2006). Drivers da internacionalização de born globals: estudo de uma empresa de syndication. In: 30º Encontro da ANPAD. ENANPAD, Salvador.

Caves, R. E. (1971) International Corporations: The Industrial Economics of Foreign Investment. Economica. v. 38, n. 149, p. 1-27.

CERTI - Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras . Consultorias Técnicas e Assessoramento. Disponível em: <http://www.certi.org.br/pt/servicoseprodutos-consultoria-tecnica-e-assessoramento>. Acesso em maio de 2017.

Coviello, N.E. & Munro, H.J. (1995) Growing the entrepreneurial firm: networking for international market development. European Journal of Marketing, 29/7, 49-61.

Coviello, N.E. & Munro, H.J. (1997) Networking relationships and the internationalization process of small software firms. International Business Review, v. 6, n. 4, p. 361-386, August.

Dalbosco, I. B.; Tonial, G. & Werlang, N. B. (2017) Empreendedorismo internacional: um estudo de caso em um cluster internacionalizado. Ágora: R. Divulg. Cient., v. 22, n. 1, p. 4-24, jan./jul. 2017 (ISSNe 2237-9010).

Dib, L. A. R.. (2008) O processo de internacionalização de pequenas e médias empresas e o fenômeno born global: estudo no setor de software no Brasil. 331 f. Tese (Doutorado) - Instituto Coppead de Administração, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Dimitratos, P & Jones, M. (2005) Future directions for international entrepreneurship research. Int Bus Rev 14:119–128

Dimitratos, P. & Plakoyiannaki, E. (2003) Theoretical foundations of international entrepreneurial culture. Journal of International entrepreneurship, v. 1, n. 2, p. 187- 215.

Dominguinhos, P., & Simões, V. C. (2004). Born globals: taking stock, looking ahead. In Conferência da EIBA, In Challenges to the International Business and Management.

Etzkowitz, Henry. (2009) Hélice tríplice: universidade-indústria-governo: inovação em movimento. Porto Alegre: EDIPUCRS.

Evangelista F (2005) Qualitative insights into the international new venture creation process. J Int Entrep 3:179–198

Fleury, A. & Fleury, M. T. L. (Org.). (2007) Internacionalização e os países emergentes. São Paulo: Atlas.

Fleury, A. & Fleury, M. T. L. (2011) Brazilian multinationals: competences for internationalization, Cambridge University Press.

Fleury, M. T.; Borini, F. M.; Fleury, A. & Oliveira Jr., M. M. (2007) Internacionalization and performance: a comparison of brazilian exporters versus brazilian multinationals. Revista de Economia e Gestão. Belo Horizonte, v. 7, n. 14, p. 57-94.

Floriani, D. E. (2010) O Grau de internacionalização, as competências e o desempenho da PME brasileira. Tese (Doutorado em Administração) Universidade de São Paulo: São Paulo.

Fonseca, J. J. S. (2002) Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC.

Freitas, A. G. (2016) A internacionalização como instrumento de planejamento Estratégico das empresas de alta tecnologia: um estudo de caso da Nanovetores S.A.

Gabrielsson, M (2005) Branding strategies of born globals. J Int Entrep 3:199–222

Hymer, S. (1976). The International Operations of National Firms: A Study of Direct Foreign Investment. Cambridge: MIT Press.

Johanson, J. & Vahlne, J. (1990) The mechanism of internationalisation. International Marketing Review, 7/4, p.11-24.

Johanson J, & Wiedersheim-PAUL F. (1975) The internationalization of the firm—four Swedish cases. J Manag Stud 12:305–322.

Jones, M & Coviello, N. (2005) Internationalisation: conceptualising an entrepreneurial process of behaviour in time. J Int Bus Stud 36:284–303

Knight, G.A. & Cavusgil, S.T. (1995) The born global firm: a challenge to traditional internationalization theory. In S.T. Cavusgil & T.K. Madsen, (eds.) Export internationalizing research – enrichment and challenges, (Advances in International Marketing, 8) (pp. 11-26). NY: JAI Press Inc.

Krippendorff, K. (1988) Content analysis: an introduction to its methodology. Newbury Park: Sage.

Löfsten, H.; & Lindelöf, P. (2002) Science parks and the growth of new technology-based firms academic-industry links, innovation and markets. Research Policy, Amsterdam, v. 31, n. 6, p. 859-876.

Lunardi, M. E. (1997) Parques tecnológicos estratégias de localização em Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba. Curitiba, Ed. do Autor.

Madsen, T.K. & Servais, P. (1997) The internationalization of born globals: an evolutionary process?. International Business Review, 6/6, 561-583.

McDougall, P. P. (1989) International versus domestic entrepreneurship: New venture strategic behavior and industry structure. Journal of Business Venturing, v. 4, 387-400.

McDougall, P; Shane, S & Oviatt, B. (1994) Explaining the formation of international new ventures: the limits of theories from international business research. J Bus Venturing 9(6):469–487

Mtigwe, B. (2006) Theoretical milestones in international business: the journey to international entrepreneurship theory. J Int Entrep 4:5–25

Moen, O. (2002) The born globals: a new generation of small European exporters. International Marketing Review, 19/2, 156-175.

Monteiro, V. F. M. (2016). Internacionalização: estudo multi-caso: PME do setor das tecnologias de informação, comunicação e eletrónica: Portugal 2020 (Doctoral dissertation).

Moraes, S. T. A, Rocha, A., & Silva, J. F. (2017). Uso de redes no decorrer do processo de internacionalização: Estudo longitudinal no setor de software. Apresentação, 12(1), 76-90.

Nascimento, A. L. S. (2016). Proposta de framework para avaliação de fatores críticos de sucesso de parques científicos e tecnológicos (Master's thesis, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).

Nesello, N. L. T. (2016). O papel das incubadoras de negócios na internacionalização de born global: estudo de caso da Nanovetores SA na incubadora CELTA.

Nunes, M. P.; Silva, R. T. P.; Vanti, A. A. & Antunes Jr. J. A. V. (2010) A inserção de empresas prestadoras de serviços de tecnologia da informação (TI) instaladas em parques tecnológicos: uma análise no contexto de cadeias globais. Análise, Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 18-29, jan./jun.

Oviatt, B.M. & McDougall, P.P. (1994) Toward a theory of international new ventures. Journal of International Business Studies, 25/1, 45-64.

Palvia, S. (2008) Challenges for Small Enterprises in the Sourcing Life Cycle: Evidence from Offshoring to India. Journal of Information Technology Case and Application Research, v. 10, n. 4, p. 75-84.

Pereira, A. J. P.; Araújo, G. P. & Gomes, J. S. (2006) Um estudo exploratório sobre as características do sistema de controle gerencial em empresas brasileiras internacionalizadas – estudo de caso Petroflex. En: XXX encontro nacional de pósgraduação e pesquisa em administração. Anais. Salvador.

Pereira, Y. V.; Moraes, W. F. A., & Salazar, V. S. (2017). Recursos competitivos no empreendedorismo internacional: uma análise qualitativa em empresas exportadoras. Gestão & Produção, Epub June 29, 2017.

Pinto, M & Pereira, R. (2016). As PME e sua internacionalização: um estudo de caso. R-LEGO - Revista Lusófona de Economia e Gestão das Organizações, Número Especial.

Rennie, M. (1993) Global competitiveness: born global. McKinsey Quarterly, 4, 45-52.

Rezende da Costa, P.; & Silveira Porto, G.; (2014). Governança tecnológica e cooperabilidade nas multinacionais brasileiras. RAE - Revista de Administração de Empresas, Marzo-Abril, 201-221.

Rialp A, Rialp J, & Knight G (2002) The phenomenon of early internationalizing firms: what do we know after a decade (1993-2003) of scientific inquiry? Int Bus Rev 14:147–166

Ribeiro, F. C. F. (2012) Born Globals Brasileiras: estudo de internacionalização de empresas de base tecnoloógica. USP: São Paulo.

Ricupero, R. & Barreto, F. M. (2007) A importância do investimento direto estrangeiro do Brasil no exterior para o desenvolvimento sócio econômico do país. In: ALMEIDA, A. (Org), Internacionalização de empresas brasileiras: perspectivas e riscos. Rio de Janeiro: Elsevier.

Rocha, A. Mello R. C. Dib, LO. A & Maculan, A. M. (2005) Processo de Internacionalização de Empresas Nascidas Globais: Estudo de Casos no Setor de Software. Enampad.

Siegel, D. S.; Westhead, P.; Wright, M. (2003) Science parks and the performance of new technology-based firms: a review of recent U.K. evidence and an agenda for future research. Small Business Economics, v. 20, p. 177-184.

Souza, R. (2005). Case Research in Operations Management. EDEN Doctoral Seminar on Research Methodology in Operations Management, Brussels, Belgium, 31st Jan.-4th Feb, 2005.

Thomas, D. E. (2007) International diversification and firm performance in Mexican firms: a curvilinear relationship? Journal of Business Research. 59(4), 501-507

Vernon, R. (1966) "La inversión internacional y el comercio internacional en el ciclo de productos". In: Rosenberg, N. (org.). Economia Del Cambio tecnológico. Trad. de Eduardo L. Suárez. México: Fondo de Cultura Econômica, 1979, 1. ed. (espanhol), El trimestre Económico, Lecturas, 31, p. 408-427.

Wright, R. W. & Ricks. D. A. (1994) Trends in International Business Research: Twenty-five Years Later. Journal of Business Studies, v. 25, p. 687-701.

Zahra, S. A.; Ireland, D. R. & Hitt, M. A. (2000) International expansion by new venture firms: international diversity, mode of market entry, technological learning and performance. Academy of Management Journal, v. 43, n. 5, p. 925-950.

Zahra, S. A & George, G. (2002) International entrepreneurship: the current status of the field and future research agenda. In: Hitt, M; Ireland, R; Camp, M & Sexton, D. (eds) Strategic leadership: creating a new mindset. Blackwell, London, pp 255–288.

Published

2021-01-01

How to Cite

Zancanaro, J. H., da Costa, P. R., & da Silva, F. M. (2021). Dimensões Empresariais e Institucionais da Internacionalização Acelerada. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies, 13(1), 42–72. https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2021.v13i1.437

Issue

Section

Artigos / Articles