O “Ranking Brasileiro de Pesquisa” e os Princípios de Berlim Para Rankings de Instituições de Ensino Superior

Authors

  • Sibele Fausto Universidade de São Paulo
  • Clara Calero-Medina Centre for Science and Technology Studies, Leiden University
  • Ed Noyons Centre for Science and Technology Studies, Leiden University

DOI:

https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2016.v8i2.239

Keywords:

Rankings, Ranking Brasileiro de Pesquisa, Diretrizes, Princípios de Berlim para Rankings de Instituições de Ensino Superior

Abstract

Os rankings estão ganhando destaque como instrumentos de avaliação das instituições de ensino superior. Nos últimos anos surgiram vários rankings, tanto nacionais como internacionais. O Ranking Brasileiro de Pesquisa (BRR) foi lançado em 2014 no Brasil e mede o desempenho das instituições de pesquisa científica brasileiras. Usando um sofisticado conjunto de indicadores bibliométricos, o ranking tem como objetivo fornecer medições altamente precisas do impacto científico destas organizações e do seu envolvimento na colaboração científica, e sua fonte de dados é a base Web of Science, considerando publicações indexadas no período entre 2003 e 2012. O presente artigo analisa se o BRR segue as recomendações do documento “Princípios de Berlim para Rankings de Instituições de Ensino Superior”, elaborado em 2006 pelo Grupo Internacional de Especialistas em Rankings, contendo um conjunto de dezesseis diretrizes para orientar os produtores de rankings na elaboração de suas classificações. O cotejo das características do BRR com os princípios de Berlim mostrou que esse ranking está perto de completar sua conformidade aos princípios recomendados para rankings.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Sibele Fausto, Universidade de São Paulo

Bibliotecária pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São paulo. Atua como bibliotecária no Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (DT-SIBiUSP)

References

Aguillo, I. F., Bar-Ilan, J., Levene, M. & Ortega, J. L. (2010). Comparing university rankings. Scientometrics, 85(1), 243-256.

Almeida Filho, N. (2011). Rankings, vikings, masters & colleges: dilemas da universidade brasileira no contexto da internacionalização. Conferência ministrada no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, em 25 de abril de 2011. 16 p. [impresso].

Badri, M. A., Donald, D., & Donna, D. (1995). A study of measuring the critical factors of quality management. International Journal of Quality & Reliability Management, 12(20), 36-53.

Buela-Casal, G., Gutiérrez-Martínez, O., Bermúdez-Sánchez, M. P., & Vadillo-Muñoz, O. (2007). Comparative study of international academic rankings of universities. Scientometrics, 71(3), 349–365.

Cavacini, A. (2015). What is the best database for computer science journal articles?. Scientometrics, 102(3), 2059-2071.

CWTS Brazilian Research Ranking (2015). Methodology. Leiden: CWTS. Recuperado em 9 out. 2015 de http://brr.cwts.nl/methodology.

Folha de S. Paulo (2014). Como é feito o Ranking Universitário Folha. São Paulo: Folha de São Paulo. Recuperado em 10 out. 2015 de http://ruf.folha.uol.com.br/2014/oruf/comoefeitorankinguniversidades/.

Hood, W. W., & Wilson, C. S. (2001). The scatter of documents over databases in different subject domains: how many databases are needed?. Journal of the American Society for Information Science and Technology, 52 (14), 1242-1254.

International Ranking Expert Group (2006). Princípios de Berlim para Rankings de Instituições de Ensino Superior. Berlim: IREG. Recuperado em 10 out. 2015 de http://www.ireg-observatory.org/index.php?option=com_content&task=view&id=41&Itemid=48

International Ranking Expert Group (2009). IREG Ranking Audit: Purpose, Criteria and Procedure. Berlim: IREG Observatory. Recuperado em 20 out. 2015 de http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/ED/pdf/RANKINGS/Sadlak_IREG.pdf.

Lei n. 10.861, de 14 de Abril de 2004 (2004, 15 de abril). Institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES e dá outras providências. Diário Oficial da União, 72, Seção 1.

Portal de Periódicos da Capes. Recuperado em 2 out. 2015 de http://www-periodicos-capes-gov-br.ez67.periodicos.capes.gov.br/.

Portaria Normativa n. 40, de 12 de dezembro de 2007 (2010, 29 de dezembro). Institui o e-MEC, sistema eletrônico de fluxo de trabalho e gerenciamento de informações relativas aos processos de regulação, avaliação e supervisão da educação superior no sistema federal de educação, e o Cadastro e-MEC de Instituições e Cursos Superiores e consolida disposições sobre indicadores de qualidade, banco de avaliadores (Basis) e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) e outras disposições. Diário Oficial da União, 249, Seção 1. [republicação do original de 2007].

Ranking Universitário da Folha (2015). Recuperado em 10 out. 2015 de http://ruf.folha.uol.com.br/2014/.

Sanz-Casado, E., Garcia-Zorita, C., Serrano Lopez, A.E., Efraín-García, P., & De Filippo, D. (2013). Rankings nacionales elaborados a partir de múltiples indicadores frente a los de índices sintéticos. Revista Española de Documentación Científica, 36(3), 1-18.

Shin, J.C. (2011). Organizational Effectiveness and University Rankings. In Shin, J.C., Toutkoushian, R. K., & Teichler, U. (Eds.), University Rankings: Theoretical Basis, Methodology and Impacts on Global Higher Education (pp. 19-34). Houten: Springer.

Shin, J.C., & Toutkoushian, R. K. (2011). The Past, Present, and Future of University Rankings. In Shin, J.C., Toutkoushian, R. K., & Teichler, U. (Eds.), University Rankings: Theoretical Basis, Methodology and Impacts on Global Higher Education (pp. 1-16). Houten: Springer.

Thomson Reuters (2014). Web of Science. Recuperado em 15 out. 2015 de http://wokinfo.com/citationconnection/.

Teichler, U. (2011). Social Contexts and Systemic Consequence of University Rankings: A Meta-Analysis of the Ranking Literature. In Shin, J. C., Toutkoushian, R. K., & Teichler, U. (Eds.), University Rankings: Theoretical Basis, Methodology and Impacts on Global Higher Education (pp. 55-69). Houten: Springer.

United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (2015). Unesco Science Report: towards 2030. Paris, Unesco. 795 p. Recuperado em 11 nov 2015 de http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002354/235406e.pdf.

Usher, A., & Medow, J. (2009). A global survey of university rankings and league tables. In Kehm, B. M.; & Stensaker, B. (Eds.), University rankings, diversity, and the new landscape of higher education. Rotterdam: Sense Publishers. p. 3-18.

Vogel, M. J. M., Milanez, D. H., Noyons, E. , Kobashi, N. Y., & Faria, L. I. L. (2014). Como ler um ranking: a proposta do Brazilian Research Ranking. In XV Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (p. 3422-3438). Belo Horizonte: UFMG. Recuperado em 10 out. 2015 de http://enancib2014.eci.ufmg.br/documentos/anais/anais-gt7.

Waltman, L., Calero-Medina, C., Kosten, J., Noyons, E.C.M., Tijssen, R. J.W., et al. (2012). The Leiden Ranking 2011/2012: data collection, indicators, and interpretation. Journal of the American Society for Information Science and Technology, 63(12), 2419-2432.

Waltman, L., Van Eck, N. J., Van Leeuwen, T. N. et al. (2011a). Towards a new crown indicator: Some theoretical considerations. Journal of Informetrics, 5(1), p. 37-47.

Waltman, L., Van Eck, N. J., Van Leeuwen, T. N.,Visser, M. S., & van Raan, A. F.J. (2011b). Towards a new crown indicator: An empirical analysis. Scientometrics, 87(3), 467-481.

Waltman, L. & Schreiber, M. (2013). On the calculation of percentile-based bibliometric indicators. Journal of the American Society for Information Science and Technology, 64(2), 372-379.

Webster, T. J. A principal component analysis of the U.S. News & World Report tier rankings of colleges and universities. Economics of Education Review, 20, 235–244.

Published

2016-08-05

How to Cite

Fausto, S., Calero-Medina, C., & Noyons, E. (2016). O “Ranking Brasileiro de Pesquisa” e os Princípios de Berlim Para Rankings de Instituições de Ensino Superior. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies, 8(2), 211–236. https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2016.v8i2.239